Cilto José Rosembach


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Redes sociais ou mídias sociais?

12/07/2018 14:47

Redes sociais ou mídias sociais?

Não é difícil encontrar quem se enrole ao falar sobre redes sociais e mídias sociais. Isto porque, apesar de muitas pessoas não saberem, existe diferença entre estes dois termos, segundo Roberta Furtado.

As redes sociais vem antes da internet. O termo se refere ao relacionamento entre pessoas que partilham o mesmo interesse. Portanto, um grupo de estudos, relações de amizade, familiares ou comerciais são consideradas redes sociais. Ou seja, para se participar de uma rede social você não precisa estar, necessariamente, em um ambiente online. A própria sociedade é um grande conjunto de redes sociais.

Muitas pessoas associam o temo redes sociais a sites de relacionamento como Orkut, Facebook, Twitter e LinkedIn. Mas, na verdade, eles são ferramentas online que promovem esta interação entre os usuários.

Já as mídias sociais são meios que possibilitam a produção de conteúdo por qualquer pessoa. É a chamada produção ‘de muitos para muitos’. São espaços que, assim como TV, rádio e jornal, permitem a promoção de uma marca, serviço ou produto. A diferença é que as mídias sociais também possibilitam a interação social. E este é o ponto principal: além de interagir com os usuários é possível também divulgar conteúdo.

O trabalho feito por uma marca nas mídias sociais visa ter um bom posicionamento na internet, produzir e difundir conteúdo, além de interagir e estreitar relacionamento com o seu público.

Ambos os conceitos são complexos e, justamente por isso, costumam ser utilizados de maneira equivocada. Porém, é importante deixar claro que existem algumas divergências quanto ao conceito exato de cada termo.  Isto ocorre, principalmente, por serem termos já existentes antes da internet e que tiveram seus sentidos modificados, com o uso, após o seu surgimento.

Assim as mídias sociais têm como objetivo o compartilhamento de conteúdo, sendo as relações o segundo plano.
Já as redes sociais são focadas em manter ou criar relacionamentos baseados em interesses em comum.
O interessante é que várias pessoas podem utilizar uma mesma ferramenta com propósitos distintos.
Sendo assim, esta ferramenta também vai ser qualificada de forma diferente. Isto vai depender do objetivo principal do usuário: compartilhamento de conteúdo ou criação de relacionamentos.

Bem isto não é tão novo como muitos possam imaginar, por exemplo: Jesus Cristo formou, a partir de 12 seguidores (os apóstolos), uma rede social muito mais poderosa e influente que o Orkut, Twitter e Facebook juntos, deixando-nos uma mensagem que, até os presentes dias, repercute pelos quatro cantos do mundo.

Vivemos numa era na qual  a Igreja Católica Apostólica Romana já se rende ao poder das redes e mídias sociais.“Novas Tecnologias, Novas Relações” foi o tema do Dia Mundial das Comunicações Sociais. Numa ocasião em que se faz doutrina sobre as potencialidades oferecidas pela “arena digital”, como lhe chama Bento XVI, o papa incentiva o uso  das redes sociais na evangelização. São padres, leigos e leigas,  que para além dos púlpitos de onde falam para públicos de encontros dominicais, estão atentos a outros setores, às pessoas que não estão nos espaços físicos, mas nos virtuais. E aí procuram quem precisa ser escutado. E existem já muitas presenças de Igreja nesse “continente digital” onde o Papa desafia a colocar a mensagem do Evangelho.

Um outro exemplo de comunicador em rede é  Paulo de Tarso (São Paulo)o “convertido de Damasco”, ao tomar a dianteira para implantar células cristãs independentes por vários continentes, foi o grande analista de sistemas e engenheiro da rede social do cristianismo. Paulo foi o responsável pela implementação, em grande escala, da complexa rede de relacionamentos que levou adiante os ideais daquela nova doutrina, considerada, à época, uma ameaça ao “status quo” dos cidadãos do poderoso Império Romano, pois pregava a igualdade entre as pessoas  por meio das parábolas contadas por Cristo aos seus discípulos.

Como estão hoje as nossas redes sociais?

A nossa articulação para a formação de mídias sociais esta engatinhando... ou começa a andar? 

                                                                                                                                                                                                                                                                                             Anotações; Cilto José Rosembach- abril de 2011