Cilto José Rosembach


11- 99393-9407
11- 98168-8323
cilto@uol.com.br

PRIMEIRO CASO CONFIRMADO DE COVID-19 NO BRASIL

14/12/2020 18:31

Por G1 SP — São Paulo

 

 

Covid-19: 'Indicadores estão melhorando' em São Paulo, afirma Gabbardo
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
00:00/01:13
 
 
 
 
 

Covid-19: 'Indicadores estão melhorando' em São Paulo, afirma Gabbardo

O primeiro caso confirmado de Covid-19 no Brasil ocorreu em São Paulo e completa seis meses nesta quarta-feira (26).

Um homem de 61 anos, residente da capital paulista, que tinha feito uma viagem para a Itália entre 9 e 21 de fevereiro, é considerado o primeiro registro de contaminação da doença no país.

À época, ele procurou um serviço de saúde com sintomas respiratórios. A confirmação ocorreu no dia 26 de fevereiro, após ele ser submetido a dois exames que deram positivo para a infecção. Na ocasião, outras 30 pessoas da família do paciente foram colocadas em observação.

Desde então, os números da doença só cresceram no estado de São Paulo e no Brasil. Nesta terça-feira (25), o país registrava 3.674.176 casos e 116.666 mortes decorrentes da doença.

 

Morte

 

primeira morte por conta do novo coronavírus no Brasil aconteceu em 12 de março – e não em 16 de março, como inicialmente se acreditava –, segundo o Ministério da Saúde. A informação foi revista pela pasta após resultados de exames laboratoriais e confirmada em julho.

A vítima, Rosana Aparecida Urbano, de 57 anos, foi internada no Hospital Municipal Doutor Carmino Cariccio, na Zona Leste da cidade, um dia antes de falecer em decorrência da doença.

A filha de Rosana contou à reportagem da TV Globo que após a morte da mãe, também perdeu os os avós e dois tios por conta da doença.

 

Nacional

 

Em todo o Brasil, já são 116.666 mortes pela doença desde o início da pandemia, com 3.674.176 casos confirmados da infecção, segundo os dados do consórcio dos veículos de imprensa desta terça-feira (25).

Ministério da Saúde confirma primeiro caso do novo coronavírus no Brasil
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
--:--/--:--
 
 
 
 
 

Ministério da Saúde confirma primeiro caso do novo coronavírus no Brasil

 

São Paulo

 

Nas últimas 24 horas foram registrados 407 novos óbitos e 9.190 casos confirmados da doença no estado de São Paulo, que atingiu 28.505 óbitos no total e 765.670 casos confirmados da infecção, segundo a Secretaria de Saúde.

São Paulo está três meses com média de mortes por coronavírus acima de 200 por dia e no sábado (8) bateu a marca de 25 mil mortes por coronavírus. É como se a cidade de Monte Aprazível, localizada na região de São José do Rio Preto, tivesse toda sua população dizimada.

Foram necessários 100 dias até que a curva epidemiológica de mortes parasse de acelerar no estado, mas o crescimento se estabilizou no patamar mais alto, o chamado platô, sem que houvesse uma queda significativa na sequência.

A média diária de mortes no estado está acima de 200 há 90 dias, e chegou a ficar acima de 250 por várias vezes durante esse período. É como se uma aeronave de grande porte caísse diariamente no estado, matando todas as vítimas a bordo. A estabilidade de mortes em um patamar tão elevado, comparada à queda de um avião por dia, preocupa os especialistas.

A marca de 25 mil mortos representa um quarto do total das mortes no Brasil pela Covid-19, que superaram 100 mil também no sábado (8). Durante os cinco meses que separam essa marca da primeira morte, confirmada no dia 12 de março, muita coisa mudou nas cidades. Parques, igrejas e escritórios fecharam suas portas, assim como padarias, bares e casas noturnas. Reuniões de amigos e familiares passaram a ser realizadas online e o ensino teve que se adaptar rapidamente para o modelo à distância.

Na tentativa de conter a evolução da pandemia o governo decretou a quarentena no dia 24 de março, a qual obrigou o fechamento do comércio e manteve apenas os serviços essenciais.

16 de julho - Um carro é visto entre sepulturas no Cemitério Vila Formosa, em meio ao surto de coronavírus (Covid-19), em São Paulo. Foto tirada por um drone — Foto: Amanda Perobelli/Reuters

16 de julho - Um carro é visto entre sepulturas no Cemitério Vila Formosa, em meio ao surto de coronavírus (Covid-19), em São Paulo. Foto tirada por um drone — Foto: Amanda Perobelli/Reuters

 

Impacto no comércio

 

Mais de 50 mil bares e restaurantes fecharam as portas em definitivo no estado, conforme dados da associação responsável pelo setor. Outros, permanecem fechados ou tentando reabrir aos poucos, tanto devido à queda no consumo quanto às dificuldades financeiras e sanitárias de retomada. Ao todo, 250 mil estabelecimentos desse tipo funcional no estado e 55 mil na capital, segundo a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel).

Dificuldades sentidas no comércio se refletiram em demissões. Apenas no setor de bares e restaurantes, a Abrasel estima que cerca de 300 mil pessoas ficaram desempregadas durante a pandemia.

A taxa de desemprego registrada na cidade de São Paulo foi de 13,2%, percentual maior que o do estado de São Paulo que registrou 12,2% entre pessoas com mais de 14 anos, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD). Durante a pandemia, 1 milhão de brasileiros perderam o emprego, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O reflexo do desemprego também foi sentido no número de famílias despejadas ou ameaçadas de despejo no estado de São Paulo, foram 2.500 apenas apenas durante a pandemia, segundo o Observatório das Favelas, grupo de pesquisas e defesa da moradia na região metropolitana de São Paulo.

Dados do estado e da cidade de São Paulo durante a quarentena. — Foto: Arte/G1

Dados do estado e da cidade de São Paulo durante a quarentena. — Foto: Arte/G1